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Barretos, São Paulo, Brazil
Doutor em Ciência Política pela Universidade Federal de São Carlos. Mestre em Sociologia e graduado em Ciências Sociais, pela Universidade Estadual Paulista. Professor da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos "Dr. Paulo Prata".

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Véspera da primavera

Acordar sentindo o cheiro do café na mesa
Ser acariciado por um miado de bom dia
Sentir os pêlos de um gato macio nos pés descalço
Perceber que o dia ensolarado guarda surpresas
Compartilhar um abraço
Falar com alguém que está distante, não necessariamente de maneira física
Perceber que os nossos problemas não são os únicos
Chorar a saudade de um tempo que não volta mais
Se enganar em relação a felicidade 
Contemplar o colorido das flores, a sutileza da borboleta
Sentir o vento no rosto
Beber um copo cheio de água cristalina e fresca
Sonhar com um futuro melhor
Continuar a leitura de um dos vários livros que compõe o sentido maior de estar vivo
Manejar, sentir, folhear antologias poéticas
Perder tempo olhando para o vazio, para o nada
Rezar, apostando que há um Deus maior e benevolente frente as questões do mundo
Deitar, com o travesseiro encapado pelo um amor de outrora 
Recusar migalhas de amor permeadas de sentimentos de culpa
Aceitar migalhas de amor permeadas de sentimentos de culpa
Amar, amar o impossível
Morrer para perceber que se está vivo.

(Marco Aurélio Monteiro)

3 comentários:

  1. Tive dúvidas em nomear o desabafo postado. Pensei em colocar como título "O fim do inverno", mas achei melhor apostar em um título permeado por uma certa esperança, "Véspera da primavera", véspera de uma nova estação, véspera de novos sonhos e realizações, vésperas de aceitação e crescimento, véspera de um novo renascer.

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  2. Lindo, Marco! A esperança está latente e isso já é alguma coisa nesse mundo tão "invernoso"... Te amo!

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  3. Obrigado Li... você que é um anjo. Beijos.

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