O sorriso amarelo, tímido e pedinte surgia sempre em situações em que não se percebia. Cansado de tal situação resolveu não sorrir mais. Pelo menos assim, polpava súplicas de existência. Cansado de dizer sim, experimentou dizer não, o não libertador. Consequentemente se percebeu só. Porém, o só de agora clareava o só de antes. A libertação lenta, dolorosa, silenciosa, continuava a machucá-lo. Por não se conhecer de fato, arriscou um novo sorriso. Ninguém percebeu a tentativa do sorriso do não. Sim, o não libertador, não o fazia sim. Não, o sim não o fazia não.
Marco Monteiro