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Barretos, São Paulo, Brazil
Doutor em Ciência Política pela Universidade Federal de São Carlos. Mestre em Sociologia e graduado em Ciências Sociais, pela Universidade Estadual Paulista. Professor da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos "Dr. Paulo Prata".

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Amor





Mesmo não acreditando no amor, pois jamais foi amado, ou não tanto quanto achava suficiente, escreveu em letras garrafais a palavra AMOR. Com o grito interrompido pela conveniência, típico dos fracos, achou uma agulha e furou o dedo profundamente. O sangue coloriu o papel vazio como a sua própria alma. AMOR. Por algum instante extasiado com o tom vermelho temia acreditar que essa foi à palavra pungente a secar no papel. A dor lembrada pelo sangue pingando no chão o fez achar graça. A desgraça, gota a gota, a desgraça o lembrava que ainda estava vivo, e que o único amor que o cercava era o amor que a desgraça escrevia.
(Marco Monteiro)


2 comentários:

  1. De repente somem deixam saudade Mas ficam para serem lidas e copiadas Como uma escultura a ser adorada e reverenciada “E principalmente para não serem esquecidas, mas sempre lembradas.”

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  2. E o meu sangue impuro se faz
    Por tantas vezes, que eu já não sei
    Nesta busca insana, e m'alma inflama
    Eu penso que sei, que reencontrei.

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